Viana Visão
Às vezes eu paro,
respiro fundo e me pergunto onde foi que perdemos o fio da esperança. O Brasil,
com toda a sua grandeza, parece caminhar sobre uma corda bamba política que
ameaça romper a qualquer vento mais forte. E eu, como tantos outros, observo tudo
com um nó na garganta aquele nó feito de indignação, tristeza e um desejo
silencioso de mudança.
A política, que deveria
ser instrumento de cuidado, se transformou num palco de disputas pequenas,
vaidades sem tamanho e promessas que evaporam no calor do tempo. Não é apenas
frustração, é a sensação de que assistimos, repetidas vezes, ao mesmo teatro,
apenas com atores trocados. A mesma peça, os mesmos truques, a mesma distância
entre o poder e o povo.
É triste perceber que a
honestidade virou exceção. Ver que o debate virou guerra. É uma ameaça notar que,
enquanto brigam entre si, o país parece ficar à deriva, sem direção clara, sem
propósito público. E nós, espectadores involuntários, herdamos o cansaço de gerações
que também confiaram e se decepcionaram!
Reflexões
Mas talvez o que mais
machuca é perceber que poderíamos ser mais. Poderíamos ser maiores. Poderíamos
exigir mais, cobrar mais, participar mais. E mesmo assim, tantas vezes nos
calamos por puro esgotamento porque lutar contra um sistema que parece imune
aos nossos clamores exige energia que nem sempre temos.
Ainda assim, mesmo
nesse labirinto de desalento, carrego comigo uma fagulha que insiste em não se
apagar. Uma teimosia de acreditar que o Brasil merece uma política justa.
Que a mudança começa no incômodo, e o incômodo começa exatamente aqui, nesse
desabafo, nessa palavra que nasce apertada no peito, mas que precisa ser dita.
Se um dia o país
acordar para uma nova forma de fazer política, talvez perceba que tudo começou
nos corações inquietos daqueles que, como eu não desisti de sentir e de sonhar com
um Brasil melhor! Autor: Viana Visão
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