Viana Visão
Qual é o destino de um
povo sem educação, desinformado e alheio à cultura? Se a educação formal do
nosso país está aquém da qualidade que sempre sonhamos e distante milhões de
quilômetros da Finlândia, por exemplo, soma-se a esse problema a realidade de governantes
de grandes Estados brasileiros tentando privatizar escolas, reduzindo as
contratações de professores efetivos e promovendo um desmonte completo no
ensino básico. Para não deixar dúvidas da situação difícil que enfrentamos em
plena era da tecnologia e informação, assistimos aos políticos do Congresso
Nacional cometer o crime da desinformação, disseminando Fake News com objetivos
torpes e baixos. Essa desinformação circula nas redes sociais e nos aplicativos
de mensagens, atingindo cerca de 100 milhões de brasileiros. Os políticos
permanecem impunes, alegando que está apenas exercendo o falso direito à
liberdade de expressão, o que é notoriamente outra mentira, visto que expressar
opinião não significa espalhar mentiras prejudiciais à própria sociedade, que
as consome vorazmente. A 6ª edição da pesquisa "Retratos da Leitura no
Brasil", do Instituto Pró-Livro, revela uma queda significativa no número
de leitores no país, com uma perda de quase sete milhões de leitores nos
últimos quatro anos. Durante esse período, os brasileiros abandonaram o hábito
da leitura. Percebam que ao mesmo passo que consomem mentiras nas redes sociais
e nos aplicativos de mensagens, os brasileiros deixaram de ler jornais,
revistas e, principalmente, livros. Tornaram-se presas fáceis para serem
manipulados por políticos inescrupulosos. Ao abdicarem de obter conhecimento
nas páginas dos livros, esses brasileiros entregam suas vidas à ignorância perpétua!
Autor: Rafael Moia Filho
Reflexões
Esse panorama fica
ainda pior quando olhamos que o cenário é ainda mais preocupante quando se
observa a leitura de livros inteiros: 73% dos brasileiros, 148 milhões, não
completaram nenhuma leitura. Essa perda de consumidores de livros é registrada
em todas as faixas etárias, classes sociais e níveis de escolaridade, com
exceção das crianças de 11 a 13 anos e das pessoas com 70 anos ou mais.
Antigamente, há alguns anos, os jovens ao menos liam um livro por mês na
escola, como parte das tarefas que realizavam. Muitos tomavam gosto pela
leitura e eram incentivados por seus pais. Hoje, ao chegarem a casa, esses
jovens veem seus pais com os celulares na mão ou na frente da televisão
assistindo ao Big Brother Brasil ou qualquer outro lixo na grade da nossa
televisão aberta. Os pais não incentivam, não compram livros e não mostram aos
filhos a importância fundamental da leitura, da busca pelo conhecimento. Não
informam sobre as possibilidades das muitas viagens através da escrita,
deixando para trás Clarice Lispector, Machado de Assis, Guimarães Rosa, Drummond
de Andrade, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Cecília Meireles, Manuel Bandeira,
Lygia Fagundes Telles, João Cabral de Melo Neto, Mario Quintana, Ariano
Suassuna, Darcy Ribeiro e centenas de tantos outros grandes gênios da nossa
literatura! Autor: Rafael Moia Filho –
Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.
Obrigado nobre amigo e escritor Viana, pela gentil postagem.
ResponderExcluirOs agradecimentos literários são sempre meus!
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